As estrelas de Escorpião. Uma constelação que faz jus ao seu nome.
A sua estrela mais famosa é ANTARES. Décima quinta do Céu por ordem de brilho.
Tem matéria para formar 13 sóis como o nosso.
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
FERNANDO PESSOA
Temos tantos poetas... eu adoro Fernando Pessoa, é o meu poeta, estou a revisitar poemas que escreveu.
Amigo também gosto muito de Fernando Pessoa, e pelos vistos como pessoa fazia jus ao seu nome,e ele também segundo se consta tinha uma grande paixão pelas estrelas. Obrigado pela sua visita e cá para nós eu um dia vou morar numa estrela e de lá vou dar sempre um olá para os meus queridos amigos. Beijinhos estrelados ou de luz
Olá, J (na nova versão "cajoco"). estou certo que por aqui se vai aprender, também, da inspiração deste "alter-ego... perfeccionista", como promete esta feliz escolha de Pessoa! Um abraço
Jorge amigo. Cá estou eu no seu novo espaço! No dia 13 de Agosto, quando se despediu para ir de férias, referiu que ia reflectir para remodelar o seu blog, em relação à estrutura, temas e comentários, lembra-se? Fico contente por mais este "cantinho" seu, aonde vai receber os amigos com a mesma simpatia e gentileza que lhe é peculiar. Também gosto de Fernando Pessoa, até já tinha pensado que o meu próximo post, seria o seu melhor poema(na minha opinião)"NAVEGAR". Como o Jorge apresentou agora alguns versos desse poema, talvez já não o faça. A não ser que o Jorge não se importe... Jorge, não consigo fazer-me seguidora. Já tentei dezenas de vezes e aparece-me sempre o aviso a dizer que não é possível encontrar a página Web. Não sei se há algo mal com o meu computador. Hoje, já é muito tarde, mas amanhã vou tentar de novo. Parabéns, meu amigo. Gostei muito! Beijinhos da Janita
Sonho Grato pela visita e pela partilha de um poema tocante.
Lidia Borges, Fernando Pessoa é único e irrepetível.
Olá Quicas, Grato pelo estímulo na sua visita. "alter-ego... perfeccionista" é uma metáfora, ou melhor, é mais um incentivo para fazer o melhor possível aprendendo com os meus amigos.
Jorge meu querido amigo! O que o fez mudar de ideias?? Hoje de manhã vim, de novo tentar e consegui, fazer-me seguidora, e reparei que tinha a nossa bela Ponte D. Luis, toda iluminada, por debaixo das Estrelas de Escorpião. Vejo agora, com tristeza, que o seu brilho luminoso desapareceu. Que pena!! Vejo-a no lateral direito. Mas, não é a mesma coisa!! Peço desculpa por estar a meter a foice em seara alheia. Mas, é que gostei tanto de ver o nosso Porto a resplandecer, qual estrela ANTARES... Beijinhos, amigo e tenha um bom fim-de-semana. Janita
Minha Amiga Janita. Antes de mais obrigado pela materialização do seu esforço como seguidora. Eu não mudei de ideias, tento ensaiar ideias até tomar uma decisão, foi oque fiz. A ponte D. Luis não está céu, está na terra como "ex-libris" junto aos meus seguidores presentes e futuros [compartilhando o seu brilho] . No entanto nada neste mundo é definitivo... Bjis um bom e brilhante fds parasi. J
Jorge: Você fez um belo comentário sobre o meu poema "Amigo", que dediquei ao nosso imenso Fernando Pessoa, que faz parte do meu livro "Vagas"! Se me ler a tempo, vou estar em Cascais, na Biblioteca Municipal, das 14 às 18 horas, no dia 13 de Novembro 2010, para inaugurar uma exposição dos meus desenhos e fazer o lançamento do "Vagas" em Portugal. Se estiver próximo, apareça! Senão, contacte-me via meu mail
Reconhecidamente agradeço o seu convite para a exposição dos seus desenhos e lançamento do seu livro "Vagas" em Portugal [possuo um exemplar que o amigo teve a deferência de me oferecer]. Por motivos pessoais é-me impossível comparecer. Aqui ficam os meus votos para que tudo corra bem e que exposição tenha o êxito que o amigo merece. Como singela homenagem aqui publico o maravilhoso poema que dedicou ao... seu Amigo.
AMIGO
Um destes dias Dou um salto ao cemitério Vou visitar-te! Ah! Já não posso Já lá não estás! Estavas lá tão bem Campa rasa pacata Mas levaram-te a Belém Para uns pastelinhos de nata. Que chatos! Tinhas nos Prazeres Sem grandes aparatos Onde muito bem jazeres Muito bem estares Finalmente repousares Pés juntos sem sapatos. Isto depois de um enterro Qual desterro Com meia dúzia de gatos! Nesse mesmo dia Tres meses eu fazia Tres vezes eu batia À porta que se me abria À porta que se te fechava! E a porta se entreabria E a vida me sorria A vida me mentia A vida me enganava! E nesta vida ainda estou Nesta vida ainda sou Tudo o que me inventei. Deixa lá Quando me for embora Só deixarei de fora O muito que fumei!
Pobre de ti coitado 50 anos mais tarde Sem borburinho nem alarde face ao teu pouco destaque Enfiaram-te um novo fraque Que te fica muito bem Invólucro das tuas ossadas Teus heterónimos E pseudónimos Tuas últimas ramboiadas E levaram-te para Belém Mais perto das “tabacarias” A venderem as tuas poesias Como tu Agora muito bem encadernadas! Deram-te outra crista Outra dimensão Fizeram de ti alpista Para muito oportunista Pobres aves de rapina Olhos postos no chão Gotas de atropina Lágrimas de estearina Remorsos sem perdão!
Claro Há os que te estimam Os que te respeitam Os que te admiram Te respiram Te veneram Te adoram E os que a ti se sujeitam! Sem esquecer os que te venderam Te vendem e exploram. Sim! Exploram! Primeiro foram os melões Depois foi o Camões Que hoje menos se apregoa E como tudo correu bem A coisa dava dinheiro Levaram-te fora de portas Portas e janelas! Digressões pelo pais Exportado para o estrangeiro! Good morning sunshine Bloody Caravelas! Pobre Poeta le voilà Ainsi devenu célèbre Malgré soi! Hoje nos Jerónimos Grandónimos Com seus gráficos epitáficos E àmanhã a estas horas Onde estará?
Amigo multifacetado Que tantos personagens criaste Personagens isolados Para te sentires menos desamparado Pobre amante assexuado No teu cubiculo enclausurado Em teu silêncio masturbado! Apenas te encontraste No que nunca escreveste Nem sequer pronunciaste Mesmo pensá-lo não ousaste! Ophélia Efémera doce quimera Não passou de platónico incesto Manifesto Pseudo sexual Devaneio sentimental Intelectual? Algo um tanto indigesto Que não fez nem bem nem mal! Apenas discreto refúgio Apanágio subterfúgio Ardil contraproducente Para te enganares a ti E embalar a gente. Perto Ou longe de Mário Tua vida foi ermo calvário destinos malogrados Pelas convenções apartados Mordidela de serpente!
Mesmo roto Foi ele António Botto Quem arrojou vivê-lo Dizê-lo Escrevê-lo E até mesmo publicá-lo! O mais corajoso de todos os verbos O mais soberbo de todos os soberbos O verbo “assumir”! Sem calcular Sem medir Com todos partilhar O verbo ser E sê-lo ineiramente Sem desvios Atavios Sem se renegar A si proprio mentir Si mesmo iludir! Tu Apenas te procuraste No absinto onde afogaste O presente dum futuro já passado!
Amigo multisolitário Pálidos dedos de ervanário Em mim te prolongaste No muito que há em mim de só E que como tu um dia será pó!
Amigo! Na minha agonia Quer de noite quer de dia Na minha insónia sempre pernoitaste! Dorme teu sono eterno Que seja só meu este inferno Onde sòzinho me deixaste!
Amigo também gosto muito de Fernando Pessoa, e pelos vistos como pessoa fazia jus ao seu nome,e ele também segundo se consta tinha uma grande paixão pelas estrelas.
ResponderEliminarObrigado pela sua visita e cá para nós eu um dia vou morar numa estrela e de lá vou dar sempre um olá para os meus queridos amigos.
Beijinhos estrelados ou de luz
Olá Franciete,
ResponderEliminarTem as estrelas de Escorpião ao seu dispor, ficariam com brilho acrescido.
Bj amigo,
J
Tambem gosto de Fernando Pessoa...
ResponderEliminarA morte é a curva da estrada,
A morte é a curva da estrada,
Morrer é só não ser visto.
Se escuto, eu te ouço a passada
Existir como eu existo.
A terra é feita de céu.
A mentira não tem ninho.
Nunca ninguém se perdeu.
Tudo é verdade e caminho.
Partilho este poema contigo...
Beijo d'anjo
Incontestável, a grandeza de Fernando Pessoa.
ResponderEliminarA sua obra é uma imensa contelação.
L.B.
Olá, J (na nova versão "cajoco").
ResponderEliminarestou certo que por aqui se vai aprender, também, da inspiração deste "alter-ego... perfeccionista",
como promete esta feliz escolha de Pessoa!
Um abraço
o meu poeta preferido Fernando pessoa, adoro
ResponderEliminarbeijinhos
Jorge amigo.
ResponderEliminarCá estou eu no seu novo espaço!
No dia 13 de Agosto, quando se despediu para ir de férias, referiu que ia reflectir para remodelar o seu blog, em relação à estrutura, temas e comentários, lembra-se?
Fico contente por mais este "cantinho" seu, aonde vai receber os amigos com a mesma simpatia e gentileza que lhe é peculiar.
Também gosto de Fernando Pessoa, até já tinha pensado que o meu próximo post, seria o seu melhor poema(na minha opinião)"NAVEGAR".
Como o Jorge apresentou agora alguns versos desse poema, talvez já não o faça. A não ser que o Jorge não se importe...
Jorge, não consigo fazer-me seguidora. Já tentei dezenas de vezes e aparece-me sempre o aviso a dizer que não é possível encontrar a página Web. Não sei se há algo mal com o meu computador. Hoje, já é muito tarde, mas amanhã vou tentar de novo.
Parabéns, meu amigo. Gostei muito!
Beijinhos da
Janita
Sonho
ResponderEliminarGrato pela visita e pela partilha de um poema tocante.
Lidia Borges,
Fernando Pessoa é único e irrepetível.
Olá Quicas,
Grato pelo estímulo na sua visita.
"alter-ego... perfeccionista" é uma metáfora, ou melhor, é mais um incentivo para fazer o melhor possível aprendendo com os meus amigos.
Amiga[o]s, um abraço e um bom fds para todos.
J
Jorge meu querido amigo!
ResponderEliminarO que o fez mudar de ideias??
Hoje de manhã vim, de novo tentar e consegui, fazer-me seguidora, e reparei que tinha a nossa bela Ponte D. Luis, toda iluminada, por debaixo das Estrelas de Escorpião.
Vejo agora, com tristeza, que o seu brilho luminoso desapareceu.
Que pena!!
Vejo-a no lateral direito. Mas, não é a mesma coisa!!
Peço desculpa por estar a meter a foice em seara alheia. Mas, é que gostei tanto de ver o nosso Porto a resplandecer, qual estrela ANTARES...
Beijinhos, amigo e tenha um bom fim-de-semana.
Janita
Minha Amiga Janita.
ResponderEliminarAntes de mais obrigado pela materialização do seu esforço como seguidora.
Eu não mudei de ideias, tento ensaiar ideias até tomar uma decisão, foi oque fiz.
A ponte D. Luis não está céu, está na terra como "ex-libris" junto aos meus seguidores presentes e futuros [compartilhando o seu brilho] . No entanto nada neste mundo é definitivo...
Bjis um bom e brilhante fds parasi.
J
Jorge: Você fez um belo comentário sobre o meu poema "Amigo", que dediquei ao nosso imenso Fernando Pessoa, que faz parte do meu livro "Vagas"! Se me ler a tempo, vou estar em Cascais, na Biblioteca Municipal, das 14 às 18 horas, no dia 13 de Novembro 2010, para inaugurar uma exposição dos meus desenhos e fazer o lançamento do "Vagas" em Portugal. Se estiver próximo, apareça! Senão, contacte-me via meu mail
ResponderEliminarcarmopat@dbmail.com
Abraço grande!
Prezado Rogério do Carmo,
ResponderEliminarReconhecidamente agradeço o seu convite para a exposição dos seus desenhos e lançamento do seu livro "Vagas" em Portugal [possuo um exemplar que o amigo teve a deferência de me oferecer]. Por motivos pessoais é-me impossível comparecer.
Aqui ficam os meus votos para que tudo corra bem e que exposição tenha o êxito que o amigo merece.
Como singela homenagem aqui publico o maravilhoso poema que dedicou ao... seu Amigo.
AMIGO
Um destes dias
Dou um salto ao cemitério
Vou visitar-te!
Ah! Já não posso
Já lá não estás!
Estavas lá tão bem
Campa rasa pacata
Mas levaram-te a Belém
Para uns pastelinhos de nata.
Que chatos!
Tinhas nos Prazeres
Sem grandes aparatos
Onde muito bem jazeres
Muito bem estares
Finalmente repousares
Pés juntos sem sapatos.
Isto depois de um enterro
Qual desterro
Com meia dúzia de gatos!
Nesse mesmo dia
Tres meses eu fazia
Tres vezes eu batia
À porta que se me abria
À porta que se te fechava!
E a porta se entreabria
E a vida me sorria
A vida me mentia
A vida me enganava!
E nesta vida ainda estou
Nesta vida ainda sou
Tudo o que me inventei.
Deixa lá
Quando me for embora
Só deixarei de fora
O muito que fumei!
Pobre de ti coitado
50 anos mais tarde
Sem borburinho nem alarde
face ao teu pouco destaque
Enfiaram-te um novo fraque
Que te fica muito bem
Invólucro das tuas ossadas
Teus heterónimos
E pseudónimos
Tuas últimas ramboiadas
E levaram-te para Belém
Mais perto das “tabacarias”
A venderem as tuas poesias
Como tu
Agora muito bem encadernadas!
Deram-te outra crista
Outra dimensão
Fizeram de ti alpista
Para muito oportunista
Pobres aves de rapina
Olhos postos no chão
Gotas de atropina
Lágrimas de estearina
Remorsos sem perdão!
Claro
Há os que te estimam
Os que te respeitam
Os que te admiram
Te respiram
Te veneram
Te adoram
E os que a ti se sujeitam!
Sem esquecer os que te venderam
Te vendem e exploram.
Sim!
Exploram!
Primeiro foram os melões
Depois foi o Camões
Que hoje menos se apregoa
E como tudo correu bem
A coisa dava dinheiro
Levaram-te fora de portas
Portas e janelas!
Digressões pelo pais
Exportado para o estrangeiro!
Good morning sunshine
Bloody Caravelas!
Pobre Poeta le voilà
Ainsi devenu célèbre
Malgré soi!
Hoje nos Jerónimos
Grandónimos
Com seus gráficos epitáficos
E àmanhã a estas horas
Onde estará?
Amigo multifacetado
Que tantos personagens criaste
Personagens isolados
Para te sentires menos desamparado
Pobre amante assexuado
No teu cubiculo enclausurado
Em teu silêncio masturbado!
Apenas te encontraste
No que nunca escreveste
Nem sequer pronunciaste
Mesmo pensá-lo não ousaste!
Ophélia
Efémera doce quimera
Não passou de platónico incesto
Manifesto
Pseudo sexual
Devaneio sentimental
Intelectual?
Algo um tanto indigesto
Que não fez nem bem nem mal!
Apenas discreto refúgio
Apanágio subterfúgio
Ardil contraproducente
Para te enganares a ti
E embalar a gente.
Perto
Ou longe de Mário
Tua vida foi ermo calvário
destinos malogrados
Pelas convenções apartados
Mordidela de serpente!
Mesmo roto
Foi ele
António Botto
Quem arrojou vivê-lo
Dizê-lo
Escrevê-lo
E até mesmo publicá-lo!
O mais corajoso de todos os verbos
O mais soberbo de todos os soberbos
O verbo “assumir”!
Sem calcular
Sem medir
Com todos partilhar
O verbo ser
E sê-lo ineiramente
Sem desvios
Atavios
Sem se renegar
A si proprio mentir
Si mesmo iludir!
Tu
Apenas te procuraste
No absinto onde afogaste
O presente dum futuro já passado!
Amigo multisolitário
Pálidos dedos de ervanário
Em mim te prolongaste
No muito que há em mim de só
E que como tu um dia será pó!
Amigo!
Na minha agonia
Quer de noite quer de dia
Na minha insónia sempre pernoitaste!
Dorme teu sono eterno
Que seja só meu este inferno
Onde sòzinho me deixaste!
Rogério do Carmo
Paris, 4/6/1990